sexta-feira, 11 de março de 2011

ESPELHO


Três e meia, e nada além de mim mesmo em frente a essa reflexão repetida;
A luz em meu rosto, a sombra no chão;
Retalho meu rosto na brisa quente posta no ar da água que cai;
A água suja esgotada alagada de suor;
No meu sangue ainda tem pó de semanas acumuladas;
Os pelos ardem no meu rosto;
Fora de mim existe alguém que não é eu;
Ele grita com os olhos, esses olhos não para de falar coisas sobre mim;
Me acusa, me difama, me joga no esgoto da escuridão dos meus pensamentos podres;
Aí então vejo um pouco o que eu sou.

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