segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


O dono de tudo.

Há se eu pudesse mandar em tudo, em todos;
Insetos, magias, insanos, bêbados, loucos!

Eu faria um céu, cor de manga-rosa amadurecendo;
Faria das noites o paraíso das donzelas;
Seria o melhor adivinhão dos prazeres amorosos.

E se eu pudesse comandar todos os reis de toda história?
E se eu pudesse comandar tudo?
Morgado, senhoritas, cavaleiros!

Eu sendo o maioral;
Como uma velha com seus netos nas mãos;
Um bonequeiro com o mundo nas linhas;
Fazendo uma festa sob o tablado;
Fazendo o que der na telha com o destino de todos;
O terror dos intelectos;
O fodão amargurado.